Neymar muda postura e mostra engajamento contra o racismo no futebol
Sua missão acabou se tornando secundária diante do pronunciamento histórico do craque sobre o racismo
Publicado em .
Em cerimônia na ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra, na Suíça, em agosto, Neymar se tornou embaixador da ONG Handicap International
São Paulo, SP, 24 - Em cerimônia na ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra, na Suíça, em agosto, Neymar se tornou embaixador da ONG Handicap International, que cuida de deficientes e trabalha com pessoas em situação de pobreza, exclusão, conflitos e desastres.
A nova missão acabou se tornando secundária diante do pronunciamento histórico do craque sobre o racismo. Ao comentar as manifestações de supremacistas brancos nos Estados Unidos, o craque mostrou rara postura crítica sobre o racismo. "É um tema problemático há anos. Acontece no futebol, mas está ocorrendo menos, as pessoas estão mudando, o mundo está mudando. Somos todos iguais, não importa a cor. Deus nos criou iguais".
Neymar, inclusive, usou a sua família como exemplo. Ele citou que seu pai é negro, a mãe é branca e o seu filho é loiro. "Se os pais passarem informações corretas para os filhos, não ocorrerão (mais) esses problemas", afirmou.
Neymar voltou ao tema em 2014. Decidiu apoiar Daniel Alves, que foi vítima de racismo no jogo do Barcelona contra o Villarreal, quando uma banana foi arremessada em sua direção. Em resposta, ele a comeu.
Em sua conta no Instagram, Neymar postou um vídeo e, em seguida, uma foto segurando uma banana ao lado de seu filho. Junto com a imagem, o atacante escreveu: "Somos todos iguais, somos todos macacos. Racismo, não". A ação foi concebida pela agência de publicidade Loducca.
Depois de uma derrota do Barcelona, Neymar pediu ajuda da agência para fazer algo nas redes sociais. O lema "Somos todos macacos", segundo a Loducca, pretendia ser irônico e ridicularizar os racistas. O gesto de Neymar não foi espontâneo, o que também gerou críticas.